Ondas de tormentos


Por Ana Manhães
É tão fácil se deixar levar pelos sentimentos negativos. A agonia, a raiva, o desespero, o ódio. É tão fácil nos deixarmos ser governados em meio aos tsunamis mentais obscuros que nos levam, pouco a pouco, a escuridão.
Atos desesperados que são desencadeados do fundo de uma mente tortuosa, reflexos de uma vida não vivida, de um estímulo negro que avança pelo cérebro como petróleo na água, exigindo apenas uma explicação: Contaminação, contínua e desenfreada. Pode ser evitada, mas não há força o suficiente para ser parada.
O passado indesejado preso a memória, pode fazer mais que servir como histórias para os filhos ou netos. Aquele sem noção do que fazer no passo seguinte perde-se totalmente no abraço do crime como um modo esperançoso de sufocar a amargura, a solidão e a crescente culpa. Talvez desconheça os milagres da força de vontade.
Sim, é fácil entregar-se por completo ao desespero que parece ser infinito, mas não é a toa que a palavra “difícil” é complicada até ao ser escrita. Ser consciente da própria metamorfose é o melhor meio de aliviar uma dor que talvez nem tenha raiz própria.
Mudar faz parte do mundo, do universo. É a vida. Nossa natureza é de se transformar de acordo com as experiências, da mesma forma que acompanhamos o tempo. Tenha a mente aberta, rumo á luz onde há esperança e o futuro amor. Pense na eternidade, não na morte. Perdoe as pessoas e, principalmente, perdoe a si próprio. Isso é ser livre.

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